quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Família Labegalini



Imagens de Valdemar Labegalini e Douglas Ornaghi.


Da esquerda para a direita:
Durvalina Toledo (Nenê), seu esposo Pedro Labegalini (Pierim), seus pais Regina Righetti e Elias Labegalin - Jacutinga / MG

Todos os filhos e filhas de Regina Righetti e Elias Labegalini

Todos os filhos e filhas de Regina Righetti e Elias Labegalini e seus respectivos cônjuges.

sábado, 1 de dezembro de 2012

Memórias do Colégio Abraham Lincoln

O trabalho de Memórias do Colégio Estadual Abraham Lincoln foi realizado com o 7º Ano A e com o 1º Ano A do ensino médio. 

Os alunos do ensino fundamental buscaram informações sobre o colégio junto a seus familiares mais próximos com o objetivo de desvendar um pouco da rotina do colégio do ponto de vista dos estudantes.

A turma do ensino médio realizou as entrevistas com professores e funcionários inativos da escola e puderam recuperar algumas histórias e lembranças sob a perspectiva das pessoas que trabalhavam no colégio.

Dessa forma esperamos contribuir para reconstrução da memória coletiva do município de Kaloré, através da valorização dos atores e atrizes que passaram pelo Colégio e hoje fazem parte de sua história.

Algumas imagens para ilustrar o trabalho:



Cláudio M. Sanches

André Campos

Rômulo Giovani de Mello Fuzeti

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Professores e Funcionários:

Luiz Otávio Pereira

Neuza Fantachole

Laurita Coelho Gonçalves

Mirthes Alves Coelho da Silva

Erenice Fantachole Plaça

Maria Helena Aquaroni

Maria Sueli Fuzeti

Marta Laurenti dos Reis

Concepción Dominguez Valério

Aparecida de Lourdes Pereira

Ana Lúcia Mendes da Silva

Braulino Rodrigues Fontes

José da Silva Trovão

Divina da Silva Berti

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

Acervo de Alberto Garcia

Mais um colaborador do Projeto Memórias Kaloreenses, Alberto Garcia contribui com essa imagem. Nela pessoas que não mais moram em Kaloré, mas também pessoas que ainda estão por aqui. A certeza é que mesmo não estando morando mais na cidade essas pessoas ainda partilham pela mesma paixão e carinho pela nossa pequena cidade. 

Zé Rubens, Osmar Labegalini, Big, Mauro Labegalini, Alberto Garcia e Aru Godim. Ano de 1978.

Acervo pessoal de Jaime de Souza Lima

As fotos desse álbum foram gentilmente cedidas por Jaime de Souza Lima. E agora fazem parte do Projeto Memórias Kaloreenses, transformando-se em acervo da população kaloreense. As imagens a seguir são muito importantes para a reconstrução da nossa história, pois mostram as transformação do espaço, mas também mostram as mudanças ocorridas na própria população local.

Segue algumas imagens do acervo:

Década de 1981

Garagem da Prefeitura - 1983
Jaime de Souza Lima na rua do hospital. 1978

Para ver mais fotos deste álbum é só clicar na imagem abaixo:

terça-feira, 6 de novembro de 2012

Imagens de Ednilson José Isidoro

Na década de 1970 eram organizados vários encontros religiosos em Apucarana. O C.E.I.A. e os Cursilhos. Muitas pessoas de Kaloré participavam desses eventos onde se reuniam pessoas de várias cidades da região. Tem também uma imagem do ex-governador Ney Braga junto com o prefeito da época, José Basdão e o senhor Wilson Isidoro em um evento ocorrido em Maringá na década de 1970. Nesse evento foram convidados todos os prefeitos da região.  Ainda há uma fotografia de um dos famosos desfiles de Kaloré.

As imagens abaixo foram cedidas por Ednilson José Isidoro










À frente: Valdir Aquaroni, Edward Romani, Renir Ramalho de Oliveira, Benjamin Labegaline e Wilson Isidoro
 





Governador Ney Braga, José Basdão e Wilson Isidoro. Década de 1970

Wilson Isidoro, Edgar Lemes, Mauricio





Pedro Inácio de Campos, Adilson Barbieri e Zé do Monte.

quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Divina da Silva Berti

"Tenho 75 anos, nasci no dia 28 de abril de 1937, na cidade de Gemirin, em Minas Gerais, acho que essa cidade nem existe mais ou parece que mudou de nome, mas não sei como se chama agora. Quando nasci, morei no sítio por um certo tempo.

Estudei o ensino mobral noturno.

Me casei no dia 29 de setembro de 1956. No mesmo ano tive minhas primeiras filhas, a Vilma, que já foi professora no colégio Abraham Lincoln, e a Beatriz. O meu marido, José Berti, conhecido como "Zecão da Moto", arrumou uma casa na fazenda Santa Fé.

Tive dez filhos, Vilma, Beatriz, Roselli, Roselene, José Filho, Maria Goretti, Sônia, as gêmeas Eliana e Eliete e o caçúla, o Márcio.

Trabalhei na escola Ângelo Impossetto e no colégio estadual Abraham Lincoln durante 30 anos. Comecei como faxineira e terminei como merendeira. Sou aposentada, mas eu amava trabalhar, nunca tive nenhuma intriga com nenhuma colega de trabalho. Eu amava o que fazia e quando aposentei entrei em depressão. Sinto saudade, se pudesse eu voltava.

A merenda não era tão boa, por que era só mingau, leite, macarrão, sopa e carne de soja. Nada era e enlatado como hoje e muito pouco era do governo, a maioria era a escola que comprava.

Na década de 1970 o colégio era diferente, no lugar do pátio que hoje está vazio, antes tinha árvores e tinha bancos e os três turnos eram lotados de alunos da 5ª à 8ª série. O ensino médio era o magistério, o secretariado e contabilidade.

A questão do uniforme era rígida, quem não fosse era dispensado, além do mais nem entravam na sala e na escola. O uniforme dos meninos do fundamental era saia azul de prega, blusa branca e sapatos com meia e os meninos era calça azul, blusa branca sem nada e sapatos com meia. Já os do ensino médio era saia cinza e blusa cor de rosa e sapatos com meia, para as meninas. Para os meninos do ensino médio era calça cinza, blusa branca e sapatos com meia.

Na minha época os diretores eram: Neide Vasconcelos, João Cavalcanti, José Trovão e secretária era a Maria Helena.

Ainda tenho contato com os meus colegas de trabalho, exceto a falecida esposa do Braulino e a Zelí, também já falecida. A Lourde Impossetto, a dona Carmem Mercúrio, Conceição Laurindo, a Cida e o Braulino ainda tenho amizade.

Depois que parei de trabalhar no colégio só sou dona de casa. 

Termino esse relato com alegria e deixo um recado: Faça o que te faz bem!"


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.

José da Silva Trovão

Professor Trovão recebendo homenagem dos
professores no ano de sua aposentadoria.
"Trabalhei no Colégio Estadual Abraham Lincoln no período de 1970 a 1997. Comecei trabalhar como professor de português  e inglês de 1970 a 1985. A partir desse ano então assumi o cargo de diretor da escola, tendo o Jaime como meu vice-diretor.

Na época que fui diretor, promovia várias gincanas culturais. Existia a festa junina do colégio todos os anos e também havia os jogos escolares. Tínhamos cerca de 900 alunos ao todo no colégio. O colégio contava com mais ou menos 30 professores.

O colégio era menor, e no fundo do pátio havia uma plantação de café. Tinha duas cantinas, uma oferecia o lanche da escola e a outra para vender lanches, doces, sucos, sorvete entre outros.

Estive dando aulas para alunos que se tornaram professores do colégio. Teve um fato que ocorreu dentro da sala de aula, de um professor que sofreu um enfarto, com isso a rua do colégio passou a ter o nome dele, Irineu Citino.

Eu era muito rígido com os alunos, exigia deles a disciplina e o bom comportamento, para que não houvesse algazarras e sim um bom estudo."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Braulino Rodrigues Fontes

De camisa listrada ao lado da professora Néia, um aluno e  o Diretor Jaime
"Eu trabalhei no colégio Abraham Lincoln desde o ano de 1978 até 2006. Exerci a função de serviços gerais.

O sistema de ensino naquela época era bem mais rígido e muito bem disciplinado do que hoje. O diretor daquele período era o Trovão.

Os funcionários eram poucos, porém, cada um dava conta do recado. Exerciam quase as mesmas funções de hoje em dia. Tinha zelador, cozinheira, servente, professores e outros.

Eu não era professor, era apenas um funcionário. Meus filhos cresceram no pátio da escola, já que eu morava lá e todos estudaram no colégio.

As condições do prédio naquela época eram melhores do que está hoje, era muito mais conservado. Todos cuidavam da escola e tinha menos vandalismo, pois o sistema de ensino não tolerava nenhum tipo de irregularidade dentro da escola."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.

Ana Lúcia Mendes da Silva

Ana Lúcia da Silva (Lucinha) na antiga secretaria, onde atualmente
funciona a sala da equipe pedagógica.
Meu nome é Ana Lúcia Mendes da Silva, tenho 54 anos.

Comecei a trabalhar no Colégio Estadual Abraham Lincoln com 26 anos, e a minha função era de professora e secretária, porém preferia trabalhar na secretaria. 

Na época em que trabalhei no colégio, o diretor era o professor Trovão e o professor Jaime. 
O colégio era bom, e era organizado de maneira eficaz, todos cumpriam com seus deveres e com as suas obrigações. 

Na época em que trabalhei não havia laboratório de informática, não havia internet para facilitar os estudos dos alunos.

Atuei como professora de Português e de Inglês, dando aula de 5º á 8º e ensino médio. Não tinha nenhuma dificuldade de comunicação com os alunos, nem com os outros integrantes da escola e nem com os pais dos alunos, apesar de nos primeiros dias apresentar algumas dificuldades de adaptação. 

Nas minhas aulas, usava alguns matérias complementares, como fita K7, cartazes, dicionários e entre outros materiais dependendo da aula.

No período matutino o comportamento dos alunos era mais tranquilo, já no período da tarde e no período da noite, os alunos eram mais agressivos, mas sendo possível trabalhar bem.

Depois de muito tempo trabalhando no colégio, me aposentei aos meus 45 anos."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.

Aparecida de Lourdes Pereira


"Meu nome é Aparecida de Lourdes Pereira, mas conhecida como Cidinha.

Fui professora no colégio 1996 a 2005, dava aula de Ciências, física e biologia. Quando eu dava aula era mais aulos do que agora, e eles também eram mais comportados.

A escola era um pouco diferente, ela era mais bem cuidada. Eu gostava muito do que fazia, e sempre desenvolvi meu trabalho com seriedade.

A relação entre professor e aluno, sempre achei um pouco complicada, pois tinham alunos que eu não conseguia entender muito bem.Em relação ao ensino sempre foi o mesmo, mas os alunos prestavam mas atenção, por isso aprendiam mais fácil.

Quando eu trabalhei lá até hoje o colégio em sua estrutura física não mudou muito."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto."

Concepción Dominguez Valério

"Comecei a trabalhar no Colégio Estadual Abraham Lincoln em 1981, mas comecei a trabalhar como professora bem antes em Jussiara e em Marumbi no magistério. 

Sou professora de historia e geografia, os alunos daquela época eram bem mais educados, cuidavam bem melhor da escola, as paredes eram bem conservadas só as carteiras que é a mesma coisa de hoje, rabiscadas e quebradas.

O lance era como hoje o governo era quem mandava, as aulas rendiam bastante apesar da quantidade de alunos, já cheguei a dar aula em sala com mais de 50 alunos.

Me aposentei em 2004."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Marta Laurente dos Reis

"Quando iniciei meu trabalho no grupo escolar de jussiara a diretora utilizava os novatos para substituir os professores quando estes faltavam porque acreditava que o professor tinha que adquirir experiência para depois assumir uma sala de aula, na minha opinião um pensamento equivocado, porque cada dia assumia uma turma e com conteúdos preparados por outra pessoa. Nessa época posso dizer que encontrei dificuldades principalmente com a indisciplina dos alunos, já no ano seguinte comecei a lecionar para o 3° ano primário , dediquei muito tempo na preparação das aulas e consegui atrair meus alunos para a aprendizagem. 

Os Anos foram se passando e por problemas políticos eu fui dispensada da prefeitura, pois eu era uma daquelas pessoas que são contratadas e em época de eleições conforme o prefeito que ganha dispensa os funcionários.

No entanto isso foi para mim um desafio. Costurava para ganhar, ministrava cursos de corte e costura e com esse dinheiro comecei a cursar o curso de letras na Fafijan, no mesmo ano comecei a lecionar na 8ª série, um curso extensivo do Abraham Lincoln de Kaloré. Eu também tinha 5 aulas, na 5ª e 6ª séries da escola Alvorada da Infância, no período da manhã, todos os dias ministrava a 1 aula e ia para casa, uma aula por dia porque os professores de Kaloré vinham com o ônibus que fazia o trajeto de Jandaia á São João do Ivaí, passando pela balsa, o ônibus chegava em Jussiara às 8:30. 

Eu adorava quando chovia e os professores faltavam porque a Diretora pedia para eu atender os alunos até o horário do recreio, então eu dava aula de Educação Artística, Indústria Caseira e Técnica Agrícola. Naquele tempo os alunos adoravam estudar, e eu tinha umas turminhas boas, foi uma pena muitos não conseguiram cursar o ensino superior, uns por fatores financeiros, outros por falta de perspectiva de vida e ou até mesmo incentivo dos pais e da própria escola.

Em 1991 fui escolhida pelos professores para assumir a direção da Escola Estadual Alvorada da Infância. A tarefa não foi fácil, diretor com muita vontade de trabalhar porém inexperiente com professores todos vindo de fora, sem secretários e pedagogo, apenas 3 serventes estaduais, lutava com aquilo que tinha e sempre envolvendo a comunidade. Em 1993, veio a municipalização do ensino de 1ª a 4ª série e dividiu a escola em duas, eu dirigia as duas, porém recebia apenas por uma. Isso foi um fator negativo que aconteceu porque as duas tinham números inferiores de alunos e passaram a não receber verbas do FNDE.

Com o passar do tempo a população foi diminuindo e cogitava o fechamento das escolas com poucos alunos. Reuni autoridades escolares: APMF, Conselho Escolar, Associação de moradores e autoridades municipais e fizemos uma solicitação por escrito para a permanência da Escola no distrito e encaminhamos á Secretaria de Educação, à senhora Alcione Saliba, no documento mostramos a importância da escola para a comunidade. 

Mais tarde consegui através de esforços e envolvimento político a implantação do Ensino Médio. Depois de participar de vários encontros sobre Educação do Campo, todas as reuniões e seminários em Faxinal, estava eu lá, na defesa da Educação do campo. Conseguimos que o Colégio Estadual de Campo Alvorada da Infância com o objetivo de garantir o direito à educação do homem do campo no espaço, em que ele vive numa escola contextualizada capaz de superar as reais necessidades dos alunos.

Posso me sentir uma pessoa quase realizada porque para uma escola de campo que valorize o homem do campo o trabalho está apenas começando. Um fato curioso que aconteceu durante as minhas aulas foi que uma aluna que lia muito, ao produzir cartões para os namorados durante um projeto que estava desenvolvendo sobre os diversos tipos de amor, a aluna desenhou um coração e escreveu dentro Valentine's Day, e eu fiquei curiosa e e fui pesquisar sobre e descobri que este é um feriado especial comemorado em países da Europa, nos Estados Unidos no dia 14 de fevereiro e é equivalente ao nosso dia dos namorados. Ainda durante a pesquisa descobri os motivos que deram origem a este dia.

Antigamente era mais calmo trabalhar na escola o professor era alguém querido pelos alunos. Embora a educação fosse mais rígida a figura do professor era de alguém que tinha autoridade. Havia respeito entre os colegas de classe. Quando havia falta de respeito com o professor ele tinha autoridade de dar um castigo ao aluno e preparar uma avaliação diferente das demais, um pouco mais rígida. Era mais fácil educar, as pessoas eram mais dóceis, atenciosas e traziam de casa uma motivação interna, não convivíamos com os problemas de hoje: os problemas de comportamento ou de comportamentos inadequados para a aprendizagem que não são de fato o problema, e sim apenas a consequência. E a causa é a falta de motivação.

Sabemos que existem inúmeros fatores que influenciaram a motivação de cada um de nós. A família é o principal fator que exerce influencia sobre a motivação. Hoje temos que ser professor e psicólogo ao mesmo tempo para lidar comas adversidades que acontecem na escola.

A Escola era para transmitir conhecimentos tinha um Diretor que ditava as ordens as serem cumpridas pelos professores, alunos e demais funcionários. Os alunos não chegavam atrasados e dificilmente faltavam, a entrada era organizada em filas, os alunos não conversavam na fila e nem durante a entrada na sala. As carteiras eram organizadas em filas e não era permitido conversas e nem olhar para trás muitas vezes o professor utilizava uma régua de madeira e os alunos respeitavam. 

O recreio era organizado saindo também por fila, uma turma depois outra. Alunos e professores respeitavam, isto é, cumpriam o regulamento e o regimento da escola na íntegra. O Currículo da disciplina tinha que ser cumprido durante o ano. o professor tinha que dar todos os conteúdos do Planejamento. O professor fazia um plano de aula diário que era vistado pelo diretor ou supervisor de ensino. A gestão da escola não era democrática muitas vezes o professor obedecia ordens, mas não opinava sobre elas."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Maria Sueli Fuzetti

Maria Sueli Fuzetti a primeira,
depois a Maria Junqueira, Maria Helena,
Maria Terza, Ademir Marcon
"Me chamo Maria Sueli Fuzetti, tenho 62 anos de idade, comecei a trabalhar no colégio em 1976 com 26 anos, até 1989, hoje sou aposentada.

Recordo-me de muitas lembranças boas e de muito trabalho.

Um fato triste que me lembro e nunca vou esquecer foi um dia em que um aluno que não levava o estudo a sério foi mandado para fora da sala de aula, ele ficou muito nervoso, e me disse assim “Vocês pensam que são ricos mas é tudo pé de chinelo, olha ai se tem alguém rico”, isso me ofendeu muito, mas o aluno continuou sem estudo e progredindo financeiramente .

Minha experiência como professora de português foi boa para minha vida, pois me relacionava com muitas pessoas, tive muita troca de experiência e com isso cresci no lado cultural, já no lado financeiro, não valeu para nada, foi uma verdadeira perca de tempo.

Sempre preferi trabalhar a noite, mas como não fazemos só o que gostamos já trabalhei de manhã e a tarde. E nas horas de folga, em casa corrigia os trabalhos e provas, pois não havia hora atividade como hoje.

A escola foi melhorada de acordo com o numero de alunos, o prédio do colégio é o mesmo até hoje, só com um numero maior de salas de aula, melhorou também no sentido de informatização. Que na época em que trabalhei não tinha computadores.

A pesar das decepções com alguns alunos acho que antigamente eles tinham mais disciplina, e respeito com os professores.

Aconselho os alunos de hoje a aproveitarem o tempo em que estão na escola e levar o estudo a sério, pois ele é muito importante e necessário para um bom emprego no futuro."



Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Maria Helena Aquaroni

"Meu nome é Maria Helena Aquaroni, morava em Apucarana antes de começar a dar aulas em Kaloré. Quando comecei dar aulas era recém-formada, tudo aquilo era novo pra mim fui adquirindo experiência com o dia-a-dia. O colégio era menor, tinha apenas 5 salas, cantina banheiro e secretaria, depois de um tempo ele foi aumentando, as turmas eram bem numerosas chegou a ter quase mil alunos em três turnos.

Era bom trabalhar no colégio, não me lembro de nada que aconteceu de tão importante a não ser pelo fato de um professor, Irineu Citino ter passado mal quando dava aula de português em uma 7° série e colocou no quadro uma frase para ser analisada sinteticamente, a frase era “Hoje estou cansado de viver e sofrer”, quando acabou de explicar ele caiu dentro da sala.

Eu trabalhava com todas as turmas do colégio, tanto do primeiro quanto do segundo grau, durante meu período de trabalho cheguei a trabalhar com 6 diretores, sendo eles Maria José Brandão, Brás Miranda de Sá, Valdomiro Ribeiro da Luz, João Batista Cavalcante, Marilda Barbosa e José da Silva Trovão.

O comportamento dos alunos era excelentes em relação as aulas e aos professores. Diferentes de agora os alunos eram disciplinados, eu respeitava meus alunos para que eu pudesse ser respeitada.

Comecei a dar aulas com 20 anos de idade e permaneci dando aula por 27 anos, sendo 22 em sala de aula e 5 em secretaria, comecei a trabalhar logo que inaugurou o colégio no ano de 68. Aposentei-me com 47 anos, ainda era nova podia continuar trabalhando mais acho que sai na hora certa pois foi bem na época que foi criado o Estatuto do menor e do adolescente, que por causa da sua má interpretação esculhambou com a autoridade de pais e professores.

Meu pai,  eu perdi cedo, mais minha mãe sempre me incentivou a dar aula, nas salas as carteiras eram individuais e bem rabiscadas, até palavrões tinha escrito nelas, para complementar minhas aulas eu utilizava globos e mapas, no começo não foi tão difícil sempre tive prazer em dar aulas, estava sempre feliz e sinto muitas saudades das minhas turmas.

Quando eu comecei havia muitos alunos mais velhos que eu, pais e mães de famílias que estudavam pois queriam mesmo aprender, pois aquela era a única chance de serem alguém na vida pois quando eram mais novos ainda não havia o colégio.

Não me preocupava só com o aspecto cognitivo, mais com a formação de caráter e personalidade de cada aluno. “Primeiro a pessoa precisa se amar, Para depois amar o próximo!”


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Erenice Fantacholi Plaça

"Meu nome é Erenice Fantacholi Plaça, trabalhava como professora na disciplina de português e inglês. Eu comecei a minha carreira de professora com quarenta anos de idade.

Naquela época os alunos eram disciplinados, tinham responsabilidades com as atividades de classe e entregavam no prazo, mas a 10 anos atras os alunos não tinham tantos meios para informação, ao contrário de hoje, que os alunos tem acesso a internet e praticamente encontram tudo aquilo que eles desejam, ou seja, tudo o que precisam.

Eu sempre gostei da minha profissão, gostava tanto de dar aulas que tive até dificuldade para me aposentar. A maior dificuldade que eu enfrentava na sala de aula era a indisciplina e a falta de interesse de alguns alunos, e isso me chateava muito. 

Eu nunca fui de punir aluno, porque eu gostava de dialogar com eles, queria ser amiga deles.

Na minha carreira nada me deixou marcas, mas claro que a gente sempre enfrenta algumas situações difíceis. Eu nunca fui de participar em greves, porque no tempo que eu trabalhei não tinha muito esses movimentos grevistas. 

Se fosse para eu mudar algo na minha carreira, acho que não mudaria nada ,porque eu sempre seria a mesma professora compromissada com o meu trabalho."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Mirthes Alves Coelho da Silva

Serventes e Merendeiras. Da esquerda pra direita: Nizinha, Marta,
Josefina, Natália, Marlene e Mirthes.

"Meu nome é Mirthes Alves Coelho da Silva, tenho 70 anos de idade. Trabalhei durante 26 anos no colégio Abraham Lincoln como servente e merendeira, só me aposentei por que me machuquei e não aguentei mais trabalhar. 

Trabalhei no colégio junto com os professores João Cavalcante, Marilda Trintini, Aparecida (Nenê), Jaime, Vilma Berti e outros.

Junto comigo trabalhavam as serventes e merendeiras Divina Berti, Marta S., Conceição entre outros.

Quando estive lá houveram os seguintes diretores José Trovão, João Cavalcante e Marilda Trintini.

Na minha opinião o melhor professor foi João Cavalcante mas os outros também eram ótimos. Pra mim os professores tinham mais experiência que os de agora e se houvesse algum aluno com problemas faziam o possível para ajudar, principalmente o professor José Trovão.

Os alunos de hoje fazem muita mal criação com as servente. Mas os alunos eram terríveis com a gente também naquele tempo, quando estávamos lavando o patio os alunos sujavam de novo e ainda diziam "vocês estão aqui para lavar mesmo", mas eles eram mais sossegados do que os de agora e tinham mais respeito com os professores.

Lembro que o colégio era mais limpo que agora porque haviam mais serventes. Tenho muitas lembranças boas principalmente das festinhas que os alunos faziam, eram animadas e gostosas.

A biblioteca agora esta bem melhor que antes. Antes tinha poucos livros, mas os alunos gostavam muito de ler.

O lanche de agora não é muito diferente, eram nutritivos,  e os alunos comiam, agora poucos comem. Não havia transporte escolar, quem tinha carro traziam os filhos, quem não tinha levantavam cedo e andavam alguns quilômetros para chegar na escola.

E quem mais me ajudava era a Noêmia, minha filha,  quando eu ia trabalhar ela fazia todo o serviço de casa para que quando eu chegasse eu pudesse descansar."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Laurita Coelho Gonçalves

"Sou Laurita Coelho Gonçalves, tenho 79 anos de idade e moro na cidade de Kaloré.

Hoje eu estava lembrando dos bons tempos que passei quando trabalhei de zeladora no Colégio Estadual Abrahan Lincoln.

Não me lembro de muita coisa, e nem de quando comecei a trabalhar lá, mais sei que foram 20 adoráveis anos de trabalho naquele colégio.

Tive sorte, porque na época eu precisava de um emprego, e para trabalhar no colégio não era preciso curso algum.

Eu gostava de trabalhar lá, apesar das crianças fazerem algumas piadinhas comigo as vezes.

Acredito que a escola não é muito diferente do que era antigamente, pode ser que antigamente era bem mais rígido que hoje. Mais o prédio da escola, o lanche e o sinal continuam o mesmo."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Neuza Fantachole


"Meu nome é Neuza Fantachole, tenho 64 anos. Comecei a trabalhar no Colégio Estadual Abraham Lincoln no ano de 1978, como merendeira. Gostava muito de trabalhar lá, pois mesmo sendo um numero grande de alunos, eles eram muito educados e não desrespeitava os funcionários.

A comida era fornecida pelo governo, as saladas eram coletadas no fundo do colégio onde tinham hortas e mesmo assim havia dias que tínhamos de fazer salgados, pois só a comida não dava para todos os alunos.

Em épocas de festas juninas trabalhávamos muito, mas gostávamos tanto que valia a pena todo o esforço, era muito divertido, todos dançavam, havia vários tipos de doces e comidas.
Certo dia estava limpando o vidro da cozinha, pisei em falso na escada e cai, machuquei meu braço e minha perna. Fiquei dois anos e meio encostada, logo após este tempo me aposentei.

No começo senti muita falta, não conseguia ficar em casa parada, por isso então resolvi abrir um carrinho de cachorro quente, mas com o tempo resolvi parar e hoje não sinto mais tanta falta, me acostumei a ser dona de casa."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Luis Otávio Pereira

Professor Luiz Otávio em uma de suas turmas.
"Meu nome é Luis Otávio Pereira, tenho 62 anos, moro na chácara que se localiza na cidade de Kaloré .

Trabalhei no Colégio estadual Abraham Lincoln. Hoje estou aposentado. 
Comecei a trabalhar no colégio com 38 anos de idade onde permaneci durante 24 anos ensinando matemática e ciências.

Antigamente a escola tinha péssima aparência por falta de recursos. Era de péssimas condições, mal pintada, de cores desbotadas. O colégio era no mesmo local e nunca mudou de endereço.

Tive vários alunos no qual se destacaram mais em minhas aulas, alguns que posso citar mas não me lembro sobrenomes, são Lucilene que hoje em dia se formou em medicina, Carolina, Antonio Carlos e Gislaine.

Nem mesmo os alunos e professores tinham merenda escolar, a partir da época que começaram a ter alimentação, freqüentemente era sopa de fubá. 
As aulas possuíam o mesmo tempo de hoje em dia, 50 minutos.

Os meus companheiros de trabalho eram o João Cavalcante, Trovão, Seu Vicente, Maria Helena, Ordália, Maria Tereza, Erminho, Adelaide. Desses professores,  os que eu mais me identificava era o Erminho, pois nós dois discutíamos muito sobre a matéria de matemática .
Na minha época de professor quase nem um aluno reprovava de ano pois sempre ficava um ou dois pendente mas eram passados pelo conselho de classe. O diretor era o Trovão, em seguida eu e por sua vez Jaime.

Os uniformes eram uma calça azul e uma camiseta branca. O esquema das notas para ser consideradas “vermelhas” no começo tinham que ser abaixo de 6.0, depois o esquema mudou e passou a ser 5.0, e depois voltou como hoje em dia 6.0.

Eu não tinha a ideia de trabalhar como professor mais fui influenciado pelo falecido professor Jose Leocádio Ramos que dava aula do município de Borrazópolis. Chegou uma época que ele queria ser professor em Kaloré, mas não poderia sair de Borrazópolis se não arrumasse um substituto. Como eu estava terminando o ensino médio e me destacava em matemática, ele me chamou para experimentar, então me convenceu a ir dar aula substituindo ele. Dando aula lá eu gostei da ideia e comecei a estudar sobre o assunto. Foram muitos anos de estudo, 16 anos em geral contando colégio, cursos, faculdade, pós-graduação etc.

Nessa época não havia biblioteca e os alunos não possuíam livros didáticos e a maioria das provas eram passadas desde as perguntas às respostas para os alunos fazer em manuscrito.

As salas sempre foram da mesma forma, as lousas eram realmente “quadros negros”. A escola teve poucas reformas que eram providenciadas pela prefeitura, mas a última reforma que eu me lembro foi em 2006.

Havia poucas festas comemorativas para os alunos e professores. 
As melhores lembranças que eu tenho era quando chegava o final do ano e eu via os alunos conseguindo conquistar as suas metas e pensando que foi mais uma etapa cumprida, ver eles se formando era uma alegria muito grande. As festas de formatura passavam muito entusiasmo.



Com tantos anos de professor, para quem não sabe eu não tinha a determinação de ser um, gostaria de ter me formado em engenharia agrônoma mas não foi o que aconteceu. Mas trabalhei por muitos anos e me sinto feliz por isso."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.


Jéssica Paula Preste Moreira

"Era muito legal e gostoso estudar no Abraham Lincoln. Minha matéria preferida era inglês e eu adorava chegar em casa e tentar falar inglês, sempre brinquei com isso.

Um fato curioso era que na minha sala era só eu de menina. Lembro também do professor Ademir, todos da  minha turma adoravam ele.

Na minha opinião o colégio era mais bonito, tinha várias árvores no pátio, vários bancos e várias flores. Nós adorávamos ficar sentado debaixo das árvores conversando.

Minha sala tinham poucos alunos, mais ou menos uns 15. A merenda era boa, eu adorava quando era sopa de macarrão, eu pegava o prato e ia atrás do colégio, onde tinha um pé de limão, adorava sopa com limão.

Gostava de levar sal pra escola, na hora do intervalo, quando eu não ia lanchar, eu e minhas amigas íamos chupar limão com sal. Eu me divertia muito."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.



Lucia Nita Plaça Davanço

"De 1985 a 1988 eu fiz o 1° grau e de 1989 até 1991 concluí o 2° grau. Os professores eram o João Cavalcanti, Marilda, José Trovão, Marlene, Ana Davanço, Ana Maria, Nenê, Néia, Sueli Fuzeti, Marli Melo, Orides, além de outros que me lembro com muito carinho.

Estudar antigamente era muito bom, os alunos tinham respeito pelos professores. A escola era um espaço onde todos se sentiam satisfeitos em colaborar para mantê-la sempre limpa, em ordem, principalmente no cumprimento das regras.

Me recordo de que os alunos gostavam de praticar esportes como voleibol, handebol e futsal na quadra. Também salto à distância em uma caixa de areia, ao lado da quadra velha.

E principalmente as gincanas que motivavam os alunos, proporcionando aprendizado e competição saudável entre as turmas.

Particularmente, eu e minha colega de sala participávamos com entusiasmo nas provas de apresentação, em uma delas chegamos a receber medalhas de ouro, pois recebemos nota máxima em todos os jurados.

Para mim, as recordações são as mais positivas, pois recebi motivação e conhecimento e assim pude escolher dentre tantas outras a profissão de professor."


Obs: Foram feitas apenas pequenas correções para dar coesão ao texto.

Claudimara Granero Ramos da Silva

"Eu iniciei meus estudos no colégio Abraham Lincoln em 1987, na 5ª série. No primeiro dia era aquele entusiasmo, a escola nova, maior, tudo diferente, professores diferentes, uma nova experiência.

Nunca fui uma aluna que dava trabalho na escola e sim uma CDF, não perdia aula, sempre estava em dia com os trabalhos.

Na minha época os alunos respeitavam muito mais os professores do que nos dias de hoje. Ninguém ficava andando pelo corredor não, todos os alunos ficavam na sala no horário de aula. A sala que eu estudava tinha 42 alunos.

A escola aumentou várias salas. No lugar dessas salas que tem hoje era uma pracinha com bancos, mesinha, várias árvores.

A merenda era sempre bolacha com chá, sopa ou polenta.

Fiz o magistério nessa escola, concluindo em 1994. Os meus professores foram: Molina, João Cavalcanti, Sandra Colombo, Sueli Fuzetti, Néia Pereira, Orides, Marilda, Marlene, José Leocádio, Ronaldo, Luiz Otávio, Iraci, Jaime, Nenê Mercúrio, Vera e etc."



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Anayara Fernanda Pivati

"Foi um tempo muito bom da minha vida, aquele em que estudei no colégio Abraham Lincoln. Foram 7 anos em que estudei lá, desde a 5ª série até o 3° ano do ensino médio. Apesar da estrutura da escola não ser boa gostava muito de estudar lá, principalmente quando havia atividades diferenciadas para os alunos, como desfile de 7 de setembro, enfeite das ruas para corpus cristi, palestras, etc.

Quando comecei ainda não havia televisores nas salas de aula e nem laboratório de informática. A secretaria era no lugar que hoje é a sala dos professores e os banheiros eram onde é atualmente a dispensa e a sala de distribuição de leite.

Haviam muitos alunos e por isso o ensino médio era somente no período noturno, pois não tinha sala para todos.

Com o passar dos anos a estrutura do colégio foi sendo modificada, mais espaços foram sendo construídos, outros foram reformados, mas ainda há muito para ser melhorado, pois o nosso colégio não é um local bonito de se ver.

Os alunos merecem uma escola mais bonita e agradável para estudar e a comunidade também, pois a escola é um patrimônio público e direito de todos os cidadãos."


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Benedito Schindt

"Naquele tempo os alunos já eram bagunceiros. O pátio não era de cimento, era de terra e tinha árvores, flores e os bancos.

Não tinha banheiros, o laboratório e nem a secretaria era na sala onde hoje é a sala da pedagoga.

Os banheiros eram ali perto da cantina, onde atualmente é a sala do almoxarifado e onde os professores de educação física guardam seus materiais, onde guarda a merenda e o leite.

A cantina era no mesmo lugar. A biblioteca era na sala perto da antiga pracinha na parte de trás do pátio. A sala onde eu estudava era do mesmo jeito que é hoje, só não tinha ventilador, televisão, as carteiras eram de madeira e as cadeiras também.

Os professores eram legais, mas alguns eram chatos, eu não tinha preferência de professor. A comida era mingau de fubá e sopa. As aulas eram de 45 minutos. Tinha muito aluno nas turmas da noite.

A quadra não era coberta e não tinha os banheiros e nem o muro. Era tudo aberto. A outra quadra já era de cimento, lá se jogava futsal (salão) e basquete. No restante do pátio da escola havia muitas árvores e pés de café.

Nas aulas de educação física nós só jogávamos futsal e vôlei e a quadra do fundo era melhor."


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Claudemir Geraldo Estrada

"Comecei a estudar no ginásio no ano de 1974, tinha 11 anos, era muito difícil neste tempo. 

Tinha muita disciplina, eram mais difíceis os castigos, por isso tinha de fazer de tudo para não ser castigado. Porque era suspensão na certa.

Minha matéria preferida era matemática. No tempo em que eu estudava já existia 7 de setembro e eu participava do desfile e tocava na fanfarra. Era tudo respeitado neste tempo, não tinha muita mordomia.

Não tinha transporte, tinha que andar a pé e se faltasse na escola não tinha nenhuma chance de passar de ano. A média final era 28 pontos.

O chão da escola  era de cimento. Hoje o lanche é de graça, naquele tempo o lanche era comprado .

A minha professora preferida era a Maria Helena Aquarone. Os demais professores eram o Irineu Citino, Edward Romane, Elisabete Romane, Trovão, Milton, Laércio Lemes, Massalú, Fukuga."



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Luiz Carlos Impossetto

"Um dos meus professores daquela época era o José Leocádio, João Cavalcanti, o Jaime, entre outros, o diretor era o José Trovão.

Umas das lembranças que tenho é que uma vez nós resolvemos pular o muro para ir numa festa da cidade, daí ficaram 3 alunos na sala de aula e entregaram a gente. No outro dia levamos 3 dias de suspensão.

Eu estudava à noite e um dia quando estava fazendo educação física veio uma luz do cemitério e eu pensei que era fantasma, outros alunos pensaram que era uma vela, então apostaram quem era mais corajoso para ir lá ver o que era, mas ninguém teve coragem de ir e todos perderam sua aposta.

O estudo era bom e nós respeitávamos os professores. O diretor tinha pulso firme com os alunos. A merenda era comida natural com arroz, feijão, era tudo da roça e feito na hora.

A escola era pequena. Tinha as salas de aula, uma quadra de basquete e uma quadra de volei de areia pequena.

Lembro que tinha muitos alunos naquele tempo, principalmente à noite."


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