Maria de Lourdes Campos nasceu na cidade de Itapira. Seus pais vieram para Kaloré no ano de 1950 em busca de construir uma vida nova, fazer um futuro melhor, pois em Itapira estava muito difícil.
"Naquela época não tinha rua e era só mato e as casas eram tudo rancho. Diversão!? Não havia muita gente ainda, só depois de alguns anos é arrumaram uma igreja católica. O trabalho de abrir a mata era tudo na foice, machado e enxada.
Minha casa era um rancho feito de palmito rachado e coberto de tabuinha, era tudo de chão, chovia tudo dentro dela. O chão era rebocado de barro vermelho com cinza branca, o fogão era feito de pedra por que não existia tijolo e era rebocado do mesmo barro vermelho e cinza branca.
Lavávamos roupa na mina e tomávamos banho na bacia e passava a roupa com ferro de brasa. O nosso sabão era feito com cuada de cinza. Esfregava a roupa com sabugo de milho.
Na hora de abrir a mata encontrávamos onça e outros bichos.
Depois que construíram a cidade de Kaloré, eu comecei frequentar a escola, tinha 7 anos, lembro bem, minha primeira professora chamava-se Rosa. Na segunda série minha professora era a Marilda e na terceira série era a Maria Junqueira e na quarta era a Cacilda.
Só tinha carroção de boi e naquele tempo, quando eles desmataram Kaloré, havia muitos bichos e as pessoas tinham medo, e os carro não existia, só existia carroção de boi, isso é o que eles usavam para carregar mudança.
Uma vez vimos um macaco, isso ocorreu na casa da minha professora Maria Junqueira, brincamos com ele e achamos graça. Quando desmataram Kaloré aí teve baile e teve banda na primeira vêz que teve festa por causa da construção da igreja.
Construíram escola e com muito tempo colocaram cinema. Com o passar dos anos existiu uma polícia muito severa que fez um ladrão de bicicleta desfilar na rua com um cartaz grudado nas costas gritando "eu sou o ladrão de bicicleta."
Aluna Vanessa Cruz de Campos - 7º Ano A
Observação: Foram feitas pequenas alterações no texto apenas com objetivo de dar coesão. O relato originalmente foi feito em 3ª pessoa e foi adaptado para a 1ª pessoa.
"Naquela época não tinha rua e era só mato e as casas eram tudo rancho. Diversão!? Não havia muita gente ainda, só depois de alguns anos é arrumaram uma igreja católica. O trabalho de abrir a mata era tudo na foice, machado e enxada.
Minha casa era um rancho feito de palmito rachado e coberto de tabuinha, era tudo de chão, chovia tudo dentro dela. O chão era rebocado de barro vermelho com cinza branca, o fogão era feito de pedra por que não existia tijolo e era rebocado do mesmo barro vermelho e cinza branca.
Lavávamos roupa na mina e tomávamos banho na bacia e passava a roupa com ferro de brasa. O nosso sabão era feito com cuada de cinza. Esfregava a roupa com sabugo de milho.
Na hora de abrir a mata encontrávamos onça e outros bichos.
Depois que construíram a cidade de Kaloré, eu comecei frequentar a escola, tinha 7 anos, lembro bem, minha primeira professora chamava-se Rosa. Na segunda série minha professora era a Marilda e na terceira série era a Maria Junqueira e na quarta era a Cacilda.
Só tinha carroção de boi e naquele tempo, quando eles desmataram Kaloré, havia muitos bichos e as pessoas tinham medo, e os carro não existia, só existia carroção de boi, isso é o que eles usavam para carregar mudança.
Uma vez vimos um macaco, isso ocorreu na casa da minha professora Maria Junqueira, brincamos com ele e achamos graça. Quando desmataram Kaloré aí teve baile e teve banda na primeira vêz que teve festa por causa da construção da igreja.
Construíram escola e com muito tempo colocaram cinema. Com o passar dos anos existiu uma polícia muito severa que fez um ladrão de bicicleta desfilar na rua com um cartaz grudado nas costas gritando "eu sou o ladrão de bicicleta."
Aluna Vanessa Cruz de Campos - 7º Ano A
Observação: Foram feitas pequenas alterações no texto apenas com objetivo de dar coesão. O relato originalmente foi feito em 3ª pessoa e foi adaptado para a 1ª pessoa.
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